Summit ESG: como as infraestruturas estão preparadas para os extremos climáticos

Natália Marcassa, CEO do MoveInfra, fala da necessidade crescente de infraestruturas cada vez mais resilientes em painel mediado por Renata Faber, da Exame (Reprodução)

Modelos matemáticos e investimentos em tecnologia e integração de dados vão ajudar a reduzir os riscos das atuais estruturas, avalia representante das empresas do setor

Nos últimos anos, muito se falou sobre a necessidade de mitigar as emissões de carbono. No entanto, as mudanças climáticas já são uma realidade, acelerando a busca pelas formas mais eficientes de adaptação da infraestrutura existe às condições cada vez mais adversas.

O painel “Infraestrutura resiliente: como mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, mediado por Renata Faber, diretora de ESG da Exame, recebe Natália Marcassa, CEO do MoveInfra, um movimento do qual fazem parte as maiores empresas de infraestrutura do Brasil.

O encontro integra a agenda do Summit ESG 2024, promovido pela Examea maior publicação de negócios do Brasil, e faz parte de uma série de eventos do “Mês do ESG 2024”.

A descarbonização é um tema importante na pauta das empresas de infraestrutura, que tem desenvolvido ações no sentido de diminuir as emissões. Ao mesmo tempo, é preciso cuidar da resiliência da infraestrutura.

As enchentes no Rio Grande do Sul mostraram entre as tantas imagens chocantes uma ponte sendo levada pela água do rio. Como explica Natália, a obra não tinha a altura necessária para dar conta do volume de águas, ou seja, não tinha resiliência ao clima. Foi assim também com os deslizamentos de encostas às margens da rodovia 101 no desastre causado pelo excesso de chuvas no Litoral Norte de São Paulo, no início de 2023.

“Com os eventos que temos vistos, será preciso ser ainda mais conservador na hora de projetar os investimentos em infraestruturas para que sejam resilientes às mudanças climáticas”, diz a CEO do MoveInfra.

Ajuda da matemática

Com a ajuda de parcerias e o acesso a organismos, como o Banco Mundial, que usam modelos matemáticos que “olham mais para frente do que para trás”, explica Natália, tem sido possível pensar em projetos já adaptados à nova realidade.

No caso das obras de infraestrutura já existentes, ferrovias, rodovias e portos, estão sendo ligados aos centros de controle operacional todo o sistema meteorológico ao redor, permitindo além de projetar, ser eficiente na emergência. “Estamos olhando mais para o futuro do que olhávamos”, resume a CEO.

Summit

Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e reúne debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.

Neste ano, foram realizados 22 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Entre os temas abordados estão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição EnergéticaEconomia Circular e Adaptação e Transição Justa.

A cada semana, dois blocos foram veiculados. Além disso, em junho, a Exame publica o Melhores do ESG, principal guia de sustentabilidade do Brasil, realizado há mais de duas décadas. A premiação das empresas que mais contribuíram para o desenvolvimento sustentável do país aconteceu no dia 17 de junho, celebrando organizações que se destacam não apenas pelo lucro, mas também pelo compromisso com o desenvolvimento social e a preservação ambiental.

Fonte: Portal Exame.

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