Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Café canéfora tem recorde na exportação do Brasil em agosto; embarque de arábica recua
Dados foram apresentados pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), que coloca a logística de embarque como um desafio As
Empenhados em tornar as atividades agrícolas e florestais sustentáveis, reduzindo o uso de recursos naturais, os custos na produção de mudas e a perda no plantio, o Viveiro Nova Floresta iniciou a produção de mudas nativas utilizando o paper pot, um recipiente feito com papel 100% biodegradável.
O produto substitui o uso de tubetes e de sacolas plásticas, e não há necessidade da retirada da embalagem que se decompõe entre 4 e 6 meses, minimiza a perda de mudas e reduz o estresse durante a transição do viveiro para o local do plantio.
Nosso slogan é: “Mudamos o mundo uma muda por vez”. Junte-se a nós nessa jornadas de preservação ambiental e descubra como podemos atendê-lo de forma consciente e eficaz.
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Lecythis marcgraaviana Mier
Cecropia glaziovii Snethl.
Hymenaea aurea Y.T.Lee & Langenh
Copaifera duckei Dwyer
Swietenia macrophylla King
Dados foram apresentados pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), que coloca a logística de embarque como um desafio
As exportações de café do Brasil em agosto registraram recorde para meses de agosto, com impulso dos embarques da espécie canéfora (robusta e conilon), enquanto os envios de grãos arábicas brasileiros tiveram uma queda na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) divulgados nesta terça-feira (10).
Ao todo, o país exportou 3,73 milhões de sacas de 60 kg de café, alta de 0,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, considerando também o equivalente de produtos industrializados (solúvel e torrado & moído).
Somando apenas grãos verdes, os embarques atingiram 3,4 milhões de sacas, alta de 1,4% na comparação anual, com um impulso dos embarques de grãos canéforas, com 924,7 mil sacas, o que representa um aumento de 31,4%.
Já a exportação de arábicas, que respondem pela maior parte do embarcado no maior produtor e exportador de café, recuou 6,6%, para 2,49 milhões de sacas.
“Nossos cafés conilon e robusta seguem em ‘velocidade de cruzeiro’ e já somam mais de 6 milhões de sacas enviadas ao exterior entre janeiro e agosto, o que é o maior volume da história para esses oito primeiros meses e representa uma expressiva alta de mais de 200% ante 2023”, destacou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota.
Ele lembrou que o Brasil vem ocupando espaços nos mercados de robusta deixados por menores ofertas de países concorrentes, como Vietnã e Indonésia, “que seguem, inclusive, importando cafés brasileiros”.
Para exportar volumes recordes, o setor em enfrentado desafios logísticos, observou o presidente do Cecafé.
“O cenário de falta de estrutura física para recebimento das cargas nos portos e de atrasos e alterações de escalas de navios para exportar café continua muito preocupante, e isso tem feito com que nossos exportadores tenham que arcar com custos imprevistos e elevadíssimos de ‘pré-stackings’, armazenagens adicionais, ‘detentions’ e ‘gates’ antecipados”, afirmou Ferreira.
Segundo ele, para manter o comprometimento com a entrega dos cafés, as empresas exportadoras vêm abrindo mão de suas margens e mantendo o “market share” do Brasil no mercado global ao pagarem esses custos extras.
“A questão é saber até quando irão aguentar, uma vez que o cenário vem deteriorando mês a mês”, disse ele, citando que em agosto 69% dos navios, ou 197 de um total de 287 embarcações, tiveram alteração de escalas ou atraso para exportar café nos principais portos do Brasil.
Em receita, as exportações de café do Brasil aumentaram 31% em agosto, para 955,6 milhões de dólares, em meio a preços mais altos.
De janeiro a agosto de 2024, o Brasil exportou um recorde de 31,9 milhões de sacas de café, um avanço de 39,2%. Essas exportações renderam ao país o faturamento jamais visto no período de 7,2 bilhões de dólares, ou 47,2% a mais na comparação anual.
Fonte: Forbes
Para recuperar o volume de madeira extraído em um ciclo de corte a floresta pode precisar de cerca de 45 anos. A constatação é de um estudo da Embrapa, que avaliou a dinâmica de regeneração florestal em áreas de manejo do interior do Amazonas, durante duas décadas. Esse período de tempo está relacionado à ocorrência de secas sucessivas e consequente mortalidade das árvores, que atrasaram em 20 anos o processo de recomposição da madeira extraída da floresta, previsto para 25 anos. Os resultados estão publicados em artigo na revista científica Forest Ecology and Management.
Para conhecer os impactos da exploração madeireira na regeneração da floresta e a evolução desse processo, os pesquisadores monitoraram uma área de 600 hectares, da fazenda Iracema, localizada no município de Lábrea (AM), entre os anos 2000 e 2022. Dividida em parcelas permanentes, a floresta recebeu medições antes e logo após o corte, procedimento que se repetiu outras sete vezes, em diferentes momentos da pesquisa, em campo e com auxílio de geotecnologias (drones com sensores remotos). Foram avaliados diferentes indicadores de desenvolvimento, como a biomassa acima do solo (madeira), ingresso de novas árvores, índice de crescimento de árvores residuais e taxa de mortalidade de plantas.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre Marcus Vinício Neves d´Oliveira coordenador do estudo, as primeiras avaliações mostraram alta taxa anual de mortalidade de árvores (em torno de 5%), logo após o corte, e alto crescimento das árvores. Ele explica que em florestas recém-exploradas esse índice de mortalidade é esperado, mesmo quando o manejo é de baixa intensidade, como é o caso da área estudada, mas diminui gradativamente. O corte e a retirada de madeira abrem espaços na floresta, o que reduz a competição entre as plantas por luz, água e nutrientes, favorecendo o desenvolvimento de árvores remanescentes e novas, fatores cruciais para a regeneração florestal.
“Nossa expectativa era que, após esse primeiro momento, a floresta começasse a crescer de forma efetiva e se recuperasse plenamente em 20 a 25 anos, tempo considerado suficiente para a recomposição integral de áreas manejadas na Amazônia, onde são aplicadas técnicas de impacto reduzido. Mas o volume de madeira comercial cresceu de forma muito lenta”, afirma o especialista.
Recuperação parcial dos estoques de madeira
Os resultados da pesquisa revelaram que, em relação à biomassa, a floresta se regenerou completamente, após 20 anos de exploração. O estoque calculado foi semelhante ao existente antes do corte, em função do crescimento de árvores remanescentes e das ingressantes (aquelas que atingiram o tamanho mínimo de 10 cm de diâmetro entre as medições e se desenvolveram). Entretanto, a recomposição dos estoques de madeira comercial extraídos foi parcial, devido à alta taxa de mortalidade das árvores maiores.
“Como resultado, temos uma floresta mais jovem, com predominância de árvores menores. É positivo ter uma floresta renovada, mas a redução do número de árvores grandes atrasa o ciclo do manejo florestal, uma vez que o corte e a exploração de madeira comercial, de acordo com a legislação florestal, só devem ser feitos em árvores com diâmetro acima de 50 centímetros, medidos na altura do peito ou 1,30 metro do solo. Considerando a média atual de crescimento das árvores, estimamos que essa floresta ainda levará cerca de 20 anos para recuperar o estoque de madeira comercial original”, ressalta d´Oliveira.
A pesquisa aponta que, somente oito anos após o corte e retirada das árvores, a floresta começou a dar respostas compatíveis com os cálculos de recuperação esperados. Houve redução significativa na mortalidade de árvores e aumento no ingresso de novas plantas e no crescimento de árvores residuais. Segundo o pesquisador, em princípio, esse atraso foi associado ao processo de exploração florestal, mas, 16 anos após o corte, a taxa de mortalidade de árvores subiu para 4% ao ano, fato considerado incomum para um período pós-manejo tão longo.
“Passamos a avaliar outros fatores que poderiam influenciar a dinâmica florestal e percebemos que eventos climáticos tornaram o crescimento da floresta mais lento, uma vez que o ganho pelo crescimento e novos ingressos de árvores era perdido, em boa parte, pela mortalidade. Esse fator está diretamente relacionado a secas prolongadas na região, causadas como efeito do El Niño, evento climático que reduz o período de chuvas e aumenta a estiagem”, afirma.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram uma série histórica com registros de fenômenos climáticos atípicos na Amazônia nos últimos 40 anos, que mostrou efeitos mais severos do El Niño em 2005, 2010/2011, 2015/2016 e 2018, anos em que as taxas de mortalidade de árvores na área estudada foram maiores. Os resultados das avaliações corroboram apontamentos de estudos anteriores, realizados em florestas do Acre e em outras florestas tropicais, que evidenciaram a mortalidade de árvores associada a eventos climáticos.
Mudanças na estrutura da floresta
No Brasil, o ciclo de corte estabelecido em planos de manejo de florestas é de 20 a 35 anos, conforme o volume de madeira extraído (intensidade de corte) e o padrão de crescimento da floresta (geralmente em torno de 0,8 metro cúbico de madeira por ano). Na área estudada, a intensidade de corte foi de 10 m³ por hectare, número que segue a média geralmente utilizada no manejo de florestas no sudoeste amazônico (entre 10-15 m3 /hectare), por serem florestas mais abertas e com volume de madeira mais baixo do que nas demais regiões da Amazônia.
De acordo com d´Oliveira, embora a floresta estudada tenha se recuperado quanto ao número de árvores por hectare e de biomassa acima do solo, em 20 anos, a pesquisa evidenciou que a estrutura florestal está se modificando. “Observamos uma floresta com muitas árvores jovens e menor quantidade de árvores de maior porte, comparativamente ao que existia antes do corte”, enfatiza.
Os estudos sobre dinâmica florestal são feitos no Acre há mais de 30 anos e na Amazônia como um todo há cerca de 50 anos, mas é consenso da pesquisa que esse tempo é relativamente curto para se conhecer efetivamente o comportamento da floresta. De acordo com Evaldo Muñoz, pesquisador da Embrapa Florestas (PR), participante desse estudo, como a pesquisa é contínua, os dados gerados servem de base para novas análises sobre a dinâmica da floresta.
“A recorrência de efeitos climáticos atípicos vai demandar novos estudos para ampliar o conhecimento sobre como a floresta funciona a longo prazo. É necessário investigar outros efeitos desses eventos na regeneração de áreas manejadas, como possíveis mudanças na sua estrutura florística e quais espécies comerciais são mais afetadas”, considera Muñoz.
As informações geradas pelo estudo vão compor um banco de dados, em fase de construção, que será disponibilizado para instituições de pesquisa, profissionais da área florestal e outros públicos de interesse, por meio do Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa (Redape). À medida que novas pesquisas forem publicadas, também integrarão essa base de dados.
Fonte: Embrapa Acre
Com os recursos, a empresa vai recriar florestas em algumas das áreas mais desmatadas da Amazônia, construindo créditos de remoção de CO2 de alta integridade.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$160 milhões para projetos de reflorestamento biodiverso da startup Mombak. Serão novas florestas em municípios do Pará, gerando empregos diretos e indiretos, fortalecendo a cadeia de reflorestamento da região e do Brasil, e recuperando algumas das áreas mais degradadas da Amazônia, localizadas no cinturão conhecido como Arco do Desmatamento.
O BNDES atua em parceria com o Ministério do Meio Ambiente para transformar o Arco do Desmatamento no Arco da Restauração, reconstruindo seis milhões de hectares nas áreas desmatadas até 2030 e mais 18 milhões até 2050 — totalizando 1,65 bilhão de toneladas de carbono removidos da atmosfera. Lançado na COP 28, no final do ano passado, o Arco já recebeu investimentos de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia e do Fundo Clima, além das operações de financiamentos com empresas privadas, como a Mombak.
“O BNDES, como um banco inovador do desenvolvimento, está à frente dessa iniciativa, assim como também liderou os investimentos em energia renovável, em eólica e solar, quando ninguém ainda acreditava. O compromisso do nosso governo é com a preservação, recuperação e desenvolvimento da Amazônia. O Brasil pode ser uma potência em restauro de florestas”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A iniciativa visa a recuperação de áreas degradadas em biomas críticos, com impacto significativo na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável. A operação da Mombak tem foco no estado do Pará e, como em todo o Arco, o plantio será realizado com espécies de vegetação nativa. Como co-benefícios, o projeto ajuda a reverter a perda da biodiversidade, melhora a qualidade das águas e tem um impacto positivo nas comunidades onde atua.
“Ainda existe um preconceito em relação ao restauro de floresta, ainda se pensa que é uma atividade essencialmente ecológica e não comercial. A operação com a Mombak é exemplar porque mostra que já existe uma cadeia econômica do restauro no Brasil. E o BNDES atua como referência, demonstrando que o Arco da Restauração, além de salvar a floresta, é um negócio econômico e próspero”, diz a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
O financiamento à Mombak contempla R$80 milhões em recursos do Fundo Clima e outros R$80 milhões por meio do BNDES Finem. A Mombak já levantou aproximadamente R$1 bilhão para investir em projetos de restauração do bioma amazônico. Em apenas um ano, a empresa plantou três milhões de árvores no município de Mãe do Rio, no Pará, gerando empregos diretos e indiretos e fortalecendo a economia local e a cadeia de reflorestamento. Por meio de um modelo de parcerias rurais com pecuaristas, outras áreas degradadas também estão sendo restauradas em municípios do Pará.
Para Peter Fernandez, CEO e cofundador da Mombak, o financiamento é um marco para a nascente indústria de remoção de carbono no Brasil: “Restaurar florestas com o apoio do BNDES mostra que o mercado tem grande potencial de construir um futuro climático sustentável e com desenvolvimento socioeconômico”.
Além dos impactos ambientais positivos, o reflorestamento permitirá a geração de créditos de carbono para o mercado voluntário internacional, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nº 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e nº 15 (Vida Terrestre) da ONU.
Fonte: Portal Amazônia
Títulos verdes no valor de US$ 225 milhões serão emitidos pelo Bird
Com o objetivo de atrair investimentos para reflorestamento na Amazônia, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) anunciou na última semana a emissão de títulos verdes no valor de US$ 225 milhões, equivalente a cerca de R$ 1,2 bilhão. Os papéis serão disponibilizados na modalidade título de impacto (outcome bond em inglês), um instrumento financeiro usado para financiar projetos com resultados socioambientais. De acordo com o anúncio, essa é a maior emissão vinculada a resultado já realizada pela instituição.
Segundo o gestor de fundos estruturados certificado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Alexander Marinho, essa modalidade funciona semelhante às outras negociações de títulos de dívidas, onde uma parte demanda recurso e outra tem disponibilidade para investimento. Há ainda a atuação de agentes intermediários que analisam os projetos, estruturam o financiamento e negociam recursos entre as fontes disponíveis.
Marinho explica que esse movimento gera um empréstimo ofertado pelo investidor em troca de remuneração paga pelo demandante, com uma pactuação prévia. “Nesse acordo que formaliza o empréstimo várias questões são pactuadas, como prazo de pagamento, periodicidade das parcelas, taxa de juros, garantias, governança, entre outras”, explica.
O acordo previsto para os títulos verdes anunciados tem duração de nove anos, para ser liquidado em 2033. As condições ofertadas são juros de 1,745% ao ano e um acréscimo variável que pode chegar a mais 4,362% de pagamento anual. O especialista explica que esse é o principal diferencial na modalidade título de impacto. “Além da remuneração fixa, existe uma variável que dependerá do resultado do projeto. É uma espécie de prêmio pelo sucesso do projeto, o que também se torna um elemento negocial ou contrapartida para se buscar taxas de juros menores”, diz.
O resultado esperado é o reflorestamento de áreas desmatadas na Amazônia por um startup brasileira, objetivando lucro a partir da Remoção de Carbono (CRUs) provenientes das áreas recuperadas com vegetação nativa. A operação também é a primeira associada a um projeto que vai além de ações para reduzir as emissões e prevê a retirada de gases do efeito estufa já emitidos na atmosfera.
Dos US$225 milhões, o projeto prevê o investimento de cerca de 16% nas ações de reflorestamento. O restante garantirá o pagamento dos juros aos investidores até que as árvores plantadas possam cumprir o serviço ecossistêmico capaz de gerar novos recursos no mercado de carbono.
Os títulos emitidos pelo Bird já chegam ao mercado com o interesse manifestado por grandes investidores internacionais que buscam além do retorno financeiro, associar suas marcas aos impactos socioambientais ofertados. Mas, por ser um projeto inovador também apresenta riscos de não alcançar os resultados esperados e gerar um retorno financeiro muito abaixo do mercado.
Segundo Marinho, o aval do Bird, que integra o Banco Mundial, torna os papéis mais atraentes. “É uma forma muito inteligente de trazer mais recursos para projetos de impacto diz”. O gestor complementa ainda que toda a emissão é previamente planejada pelos agentes intermediários de forma a qualificar e captar o maior número de investidores, conforme as regras do mercado público de títulos. “Geralmente equipes altamente qualificadas de instituições do mercado financeiro e de capitais analisam como título deve ser estruturado para a obtenção do maior número de investidores e fontes de financiamento possíveis”, conclui.
Fonte: Agência Brasil EBC
Volume eleva embarques no acumulado de 2024 para 28,1 milhões de sacas, novo recorde para remessas realizadas no primeiro septimestre de qualquer ano
A exportação brasileira de café totalizou 3,774 milhões de sacas de 60 kg em julho desse ano, primeiro mês da safra 2024/25, volume que implica evolução de 25,7% sobre os 3,002 milhões de sacas embarcados no mesmo período de 2023. A receita cambial foi de US$ 932,5 milhões, apresentando crescimento de 47,9% em idêntico intervalo comparativo. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em julho, os cafés canéforas (conilon + robusta) mantiveram o significativo desempenho dos meses anteriores ao avançarem 82,2% na comparação anual e somarem 900.818 sacas, segundo maior volume para um mês na história, atrás apenas das 902.266 sacas de novembro de 2023. O arábica cresceu 13%, para 2,491 milhões de sacas; o solúvel, com 376.524 sacas, evoluiu 26%; e o segmento de torrado e torrado e moído embarcou 5.552 sacas, com incremento de 47%.
ANO CIVIL
No acumulado de janeiro ao final de julho de 2024, as exportações brasileiras de café totalizam 28,146 milhões de sacas, montante recorde para o período e que representa alta de 46,3% em relação ao aferido nos sete primeiros meses do ano passado e de 18% sobre os 23,852 milhões de sacas do maior nível até então, registrado no primeiro septimestre de 2021.
O desempenho também é o maior da história no intervalo em receita cambial. O ingresso de divisas alcançou US$ 6,277 bilhões entre janeiro e julho deste ano, o que implica incrementos de 50% sobre os US$ 4,184 bilhões nos primeiros sete meses de 2023 e de 19,5% na comparação com o recorde anterior, de US$ 5,252 bilhões, aferido no mesmo intervalo de 2022.
Para o presidente do Cecafé, os exportadores brasileiros seguem exemplares no atendimento à crescente demanda mundial, superando desafios logísticos. “Os atrasos e alterações de escala nos navios para embarques de café permanecem intensos. De acordo com o Boletim Detention Zero, elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé, 675 navios destinados à exportação do produto sofreram adiamentos no segundo trimestre de 2024, ou 56% dos 1.211 porta-contêineres movimentados no acumulado de abril ao final de junho”, aponta.
TIPOS DE CAFÉ
O café arábica, com o envio de 20,652 milhões de sacas entre janeiro e julho ao exterior, segue como o mais exportado pelo Brasil. Esse volume representa 73,4% do total e implica alta de 31,1% na comparação com o primeiro septimestre do ano passado. A espécie canéfora, com 5,178 milhões de sacas e substancial crescimento de 313,7% ante 2023, vem na sequência, respondendo por 18,4% do geral. O segmento do café solúvel, com 2,290 milhões de sacas – avanço de 4,0% e 8,1% do total –, e a seção do produto torrado e torrado e moído, com 25.634 sacas (-9,2% e 0,1% de representatividade), completam a lista.
“Nossos cafés conilon e robusta permanecem em destaque no acumulado deste ano, ocupando os espaços deixados pela menor oferta dos principais concorrentes, como Vietnã e Indonésia, e favorecidos pela boa safra de 2023 e pelos volumes já colhidos neste ano. Assim, os canéforas brasileiros são importados, inclusive, por vietnamitas e indonésios”, comenta Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.
PRINCIPAIS DESTINOS
Os 10 principais compradores dos cafés do Brasil elevaram suas aquisições nos primeiros sete meses de 2024. Os Estados Unidos encabeçam o ranking, importando 4,516 milhões de sacas, ou 31,1% a mais frente ao primeiro septimestre de 2023, o que equivale a 16% das exportações totais.
A Alemanha, com representatividade de 14,3%, adquiriu 4,027 milhões de sacas (+77%) e ocupa o segundo lugar na tabela. Fechando o top 5, vêm Bélgica, com a compra de 2,711 milhões de sacas (+156,3%); Itália, com 2,218 milhões de sacas (+48,6%); e Japão, com 1,311 milhão de sacas (+6%).
Até o décimo lugar, destacam-se, ainda, os desempenhos de Espanha, sexta posição no ranking com a importação de 929.055 sacas, volume que implica crescimento de 92,4% em relação ao intervalo de janeiro a julho de 2023; e Reino Unido, oitavo colocado, que ampliou em 97,2% a compra do produto brasileiro ao adquirir 831.607 sacas nos sete primeiros meses deste ano.
Com a aproximação da vigência do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), a partir de 1º de janeiro de 2025, cabe destacar o crescimento dos embarques a esse bloco econômico, que responde por 47,3% de todas as exportações dos cafés do Brasil. Nos sete primeiros meses de 2024, exportamos 13,305 milhões de sacas à UE, ou 64,9% a mais na comparação com idêntico intervalo de 2023.
Quando o foco se volta aos envios realizados para outros países produtores, destacam-se os avanços de: i) 1.468,2% ao Equador, que importou 132.281 sacas de janeiro a julho; ii) 576,1% para o Vietnã, com 412.469 sacas importadas, sendo 362.055 sacas somente de conilon e robusta; iii) 429,2% ao México, com 539.001 sacas; e iv) 33,1% para a Indonésia, que adquiriu 102.025 sacas.
CAFÉS DIFERENCIADOS
Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis respondem por 18,5% das exportações totais brasileiras do produto de janeiro a julho de 2024, com a remessa de 5,220 milhões de sacas ao exterior. Esse volume representa aumento de 66,2% frente ao registrado nos sete primeiros meses de 2023.
O preço médio do produto foi de US$ 246,00 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 1,284 bilhão, o que corresponde a 20,5% do obtido com os embarques totais de café no septimestre. No comparativo anual, o valor é 66% superior ao registrado nos mesmos sete meses do ano passado.
No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados, entre janeiro e julho de 2024, os EUA seguem no primeiro lugar, com a compra de 1,236 milhão de sacas, o equivalente a 23,7% do total desse tipo de produto exportado.
Fechando o top 5, aparecem Alemanha, com 888.372 sacas e representatividade de 17%; Bélgica, com 652.704 sacas (12,5%); Holanda (Países Baixos), com 374.450 sacas (7,2%); e Reino Unido, com 210.980 sacas (4%).
PORTOS
O Porto de Santos permanece como o principal exportador dos cafés do Brasil no primeiro septimestre de 2024, com o embarque de 19,327 milhões de sacas, o que representa 68,7% do total. Na sequência, aparecem o complexo marítimo do Rio de Janeiro, que responde por 28,2% das exportações ao remeter 7,947 milhões de sacas ao exterior, e o Porto de Paranaguá (PR), com o embarque de 217.249 sacas e representatividade de 0,8%.
O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil, até julho de 2024, está disponível no site do Cecafé: https://www.cecafe.com.br/.
SOBRE O CECAFÉ
Fundado em 1999, o Cecafé representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café nos âmbitos nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade socioambiental. Atualmente, possui 124 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.
Fonte: Cecafe
Conheça o PSA Carbon Agro Perene, uma metodologia criada em parceria para remunerar produtores por meio de indicadores ecossistêmicos
A Citrosuco, maior produtora de suco do laranja do mundo, se uniu à Eccon Soluções Ambientais e à Reservas Votorantim, com passivo de 130 mil hectares, para lançar uma nova metodologia de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Chamado de PSA Carbon Agro Perene, o sistema anunciado nesta quinta-ferria (8), tem por objetivo garantir a prestação de serviços ambientais por meio da remuneração aos produtores rurais.
“Estamos dedicados ao desenvolvimento de soluções que posicionem a Citrosuco como líder do setor em práticas ESG”, diz Marcelo Abud, CEO da Citrosuco. “Estamos sempre olhando e explorando novas oportunidades. A parceria para criar o PSA Carbon Agro Perene é um passo significativo em direção aos nossos objetivos, reforçando nosso compromisso com a sociedade.”
De acordo com o executivo, a Citrosuco assumiu metas importantes para a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) nos escopos 1 e 2, e almeja diminuir em 28% a emissão dos GEE até 2030.
Inédito, o PSA Carbon Agro é uma derivação de outra metodologia, o PSA Carbonflor, desenvolvida pela Eccon com contribuições da Reservas Votorantim, com o objetivo de geração de crédito de carbono pela conservação em áreas florestais. A PSA Carbonflor tem recebido amplo reconhecimento no Brasil e no exterior e pode ser uma das principais metodologias nacionais a serem aplicadas no Brasil nos próximos anos.
O PSA Carbon Agro Perene é um programa com valoração, constituição e pagamento pelos Serviços Ambientais e constituição de Créditos de Carbono Plus (C+) em propriedades com parcelas de áreas nativas preservadas ou conservada e parcelas destinada à produção agrícola de cultivos perenes, realizados de acordo com as boas práticas que favorecem a neutralização da emissão de gases de efeito estufa.
A remuneração dos produtores é feita de acordo com a valoração dos serviços ambientais, decorrentes de Indicadores Ecossistêmicos e Indicadores de Boas Práticas Agrícolas. Para isso, são aplicadas métricas de prestação de serviços como conservação florestal, manutenção e melhoria de qualidade de água, manutenção de habitat para biodiversidade (fauna e flora), manutenção de ecossistemas, oferecimento de infraestrutura de suporte boas práticas agrícolas, boas práticas de manejo sustentável, entre outras.
A medição dos Indicadores Ecossistêmicos e Indicadores de Práticas Agrícolas é a base de geração dos C+, que funciona como meio para o pagamento pelos Serviços Ambientais. Isso funciona como um incentivo financeiro para a conservação ambiental e para a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Dessa forma, os Serviços Ambientais, uma vez reconhecidos, valorados e validados, tornam-se ativos transferíveis por meio do C+.
Para Yuri Rugai Marinho, fundador em 2014 e CEO da ECCON, empresa que atua no mercado de negócios ambientais e de consultoria, é importante que se desenvolva metodologias com expertise local, onde são levadas em conta a complexidade dos biomas brasileiros. “As metodologias de medição de biomassa e serviços ambientais que usamos no Brasil são criadas em países com pouca biodiversidade e menor conhecimento florestal”, afirma Marinho. “Precisamos de metodologias nacionais mais completas e que melhor reflitam nossas características de sociobiodiversidade.”
Parceira da Eccon no PSA Carbonflor, a Reservas Votorantim, uma empresa do portfólio da Votorantim S.A. – gestora de territórios com foco em projetos para a economia verde –, se junta também à Citrosuco nesta metodologia para o mercado de carbono no agronegócio, por meio da valorização da conservação aliada às boas práticas agrícolas.
“A Reservas Votorantim tem trabalhado em projetos e iniciativas que contribuam para os desafios da estabilidade climática não só no Brasil, mas no mundo. Na frente de carbono, fomos pioneiros no co-desenvolvimento de uma primeira metodologia de pagamento por serviços ambientais, incluindo o carbono florestal, na Mata Atlântica”, diz David Canassa, diretor da reserva.
Fonte: Forbes Agro
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Economia e sustentabilidade em só recipiente.
Cultive ecologicamente e contribua com a eliminação de plástico no planeta.
Dados foram apresentados pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), que coloca a logística de embarque como um desafio As
Para recuperar o volume de madeira extraído em um ciclo de corte a floresta pode precisar de cerca de 45
Com os recursos, a empresa vai recriar florestas em algumas das áreas mais desmatadas da Amazônia, construindo créditos de remoção
No quadro Viveiro Nova Floresta em Vídeo trazemos informações, curiosidades, histórias, novidades e tudo mais que compõe o dia a dia do nosso viveiro. Confira!
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